o telefone tocou
na casa das tias de Maria Cristina
agora sem tias
(umas estavam surdas
outras tinham-se ido embora
como as contas de um colar
partido por cima de um respiradouro
do metropolitano)
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
outro dia sonhei que carregava meu filho nos braços, enrolado numa toalha amarela. mesma sensação de ter uma trouxa de roupas quente e úmida, acabadas de usar.
isso não se pode desapegar em qualquer lugar.
as pessoas me perguntam da criança, não sei exatamente como dizer, como justificar. é meu sobrinho, eu disse, acreditei também. poderia resolver depois.
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