segunda-feira, 17 de dezembro de 2007


oi, passei por janelas modernistas, lembrei de você.
sabe, o rio de janeiro, meu bem, não é isso tudo não. nem bundas
alguns prédios velhos que sorriam, um gosto de esquecimento, de se perder de vista, de que ninguém te vê.
sabe, meu bem, eu tomei um chopp. e fumei cigarro, mentolado porque só desses que tinha avulso e então eu tive certeza dos quatorze anos fumando um cigarro em frente ao cinema. abri o livrinho perto dos caras de mochila que só falam em película, cabelos nos olhos como em todos os lugares que freqüento. we are idiots, babe. pensei em você. estou comigo, só. ando como se fosse outra


os postais ficaram, um sol gigante me cobre completamente em qualquer espaço. vou indo, assim mesmo
devagar pra não pegar o trem. me espere.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007



don't forget the flowers someday
i
hope i do.


segunda-feira, 2 de julho de 2007


Ainda sempre nada da tua mão. Fica para a próxima. Às vezes tenho medo de construir essas paredes. Eu com a picareta e o cimento. E tu, com o teu silêncio. Uma vala tão funda que te empurra para um longo esquecimento. Até dói cá ver estas coisas mas que não queria ver. O teu cabelo tão lindo cai-me das mãos como erva seca. Às vezes perco as forças e julgo que vou esquecer-me.


aqui

terça-feira, 26 de junho de 2007

como maiakovski naquela foto / você parece


o sentimento é velho
o motorista
do ônibus
403
nem tanto assim

não quero que me
pegue na mão
ou que diga
quão bonita
estou
fume este cigarro
de pé
de longe
a plenos pulmões
espere a hora
dar
sem sorrir
não olhe para mim
nessa direção
às 11:48
vamos
embora
eu
prefiria ficar
mais dois minutos
sentada
no acento reservado

gordas
e grávidas
te vêem melhor

segunda-feira, 25 de junho de 2007



quero ser adília lopes

à mesa
segurando as malas
entre um gole de café
e outro
sem pensar em partir