domingo, 10 de setembro de 2006


perdida num canto
a poesia
e a moça noutro




sentados, amortecidos
abraça

(tenho pensado em moças
quando penso)

mas
meia colher de sangue só

foi tudo
o que disse
é o que chamam de hemorragia interna
já li.
vira pro lado
como é linda dormindo
como é linda

o som que sai não é da boca
tampouco do canto
onde ela está

- a mosca pousa
a janela clara -
os dois se olham como
se nunca antes

quando a moça jaz

com quase duas

colherinhas menos

quinta-feira, 7 de setembro de 2006


banhistas as moças
não coisas

--- (se coisas simplesmente não)



de pé sobre pés longos pescoços
longos
tecidos não

se algo
se verão
se tudo que já
mais terei de meu
não é

repouso a ver
se me há de convir

que as coisas
tantamente sim