"cortar as unhas dos pés pra
quem tem uma barriga é qualquer
coisa de apoplético espumante e caresmim"
11:18
Com os pés apoiados na cadeira em frente, cruza as pernas esticadas e reclina-se confortável no acento vermelho, que data de 70. Azulejos de flores magras forram e se apagam em todos esses anos de decoração despercebida.
Agora braços apoiados na saliente e rígida barriga, a maionese esparramando-se majestosa na mistura com a coisa que cheira à carne, enquanto os dentes se afundam na comida. Mais maionese. Grandes bocadas que mastigam e reviram esses nacos de qualquer coisa. Olhos no vidro, o vagar confuso dos olhos. A grande janela fragmentando o movimento disperso das vidas que chegam. Que vêm e que deixam, - trapos, mães, saias e ramelas de pequenas vidas amarelas - no carregar apressado dos que trafegam esquecidos.